Resumo do que eu li no jornal hoje
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Sexta-feira, 27 de maio de 2005 Resumo do que eu li no jornal hoje O Ronaldinho mandou parar com a CPI dos correios, porque amanhã tem show daquela banda britânica, que o Bush mandou sair do Iraque porque a Síria não quer que o cara que matou a mulher e 3 filhos seja visto jantando com a Cicarelli em um restaurante no sudoeste asiático, enquanto progridem as negociações de paz entre o time do Palmeiras e os portadores de deficiência física que se encontraram nesse fim de semana no outro lado da Marginal Tietê, onde motoristas esperavam que a água baixasse para disputar o circuito brasileiro do Mundial de Surf, que foi adiado devido a nuvens esparsas com fortes chuvas à noite, trazidas por uma frente fria que a Argentina mandou de volta para o Brasil porque eles querem dar o troco no país, briga motivada pelos 5 números da Sena, que acumulou mais uma vez, deixando 300 famílias sem casa na região sul de Tocantins, fazendo com que elas reiniciem o julgamento do Michael Jackson, desta vez com novas testemunhas, incluindo 9 deputados federais pegos com a mão na massa por desviar dinheiro da inauguração da nova Daslu, marcada para hoje, após a saída de transgênicos da pauta de reunião do ministério da saúde, que prometeu aos grevistas conversar sobre o aumento logo após a colheita da nova safra de café, prejudicada por fortes chutes de fora da área, que determinaram a vitória do MST na esplanada dos ministérios, que reivindicava 300% de aumento em relação ao ano passado, quando apenas 5400 eleitores compareceram às urnas, para ver o show do Tom Zé, a ser realizado no 96ºDP, onde a dona Maria Francisca deu queixa da falta de mulheres, segundo pesquisa do IBGE, indicando que existem 3 mulheres para cada curdo encontrado ao sul do Iraque, logo após um ataque de bombas causado pelo novo programa da rede Globo, que vai estrear amanhã, logo após a passagem do Tsunami no Sudeste Asiático e do fim das negociações de paz entre os judeus e a Gisele Bünchen.
Sexta-feira, 20 de maio de 2005 Diálogos Aleatórios (((3x3)+2-1)/2)-1 - Oi, você não é aquela apresentadora de TV? - Sim, sou eu mesmo. Prazer. - Achei que artista não pegasse fila para nada. - É, vivendo e aprendendo. Eu pego fila no cinema como qualquer um. - Legal...escuta, adoro aquele comercial da bala que você fez com sua filha: "balas Sugar Mel, doce como beijo de mãe". Demais. - Ah, imagina, obrigado. - Mas me diga uma coisa... - O que? - Primeiro me dá um autógrafo, minha filha adora assistir seu programa de manhã. Ela diz que sonha em ser sua filha, mas eu sempre digo que ela tem que se conformar com a família que tem. - Hahahahah, deixa eu assinar. - Então, tinha que te perguntar... - O que? - Quando você diz no anúncio que "todos os sabores de Sugar Mel são igualmente deliciosos", você tá falando sério? - Claro, não faço anúncio se não acredito no que vou dizer. - Mas todos são deliciosos? Até limão? - Claro, por que não? - Ah, vai me dizer que limão é tão bom quanto morango? - Se eu estou falando... - Não é. Isso porque nem morango é lá essas coisas. - Você que acha isso. - Sim, por isso acho que você não deveria dizer que todos os sabores são deliciosos, quando isso é relativo. Ainda mais "igualmente deliciosos", quando chupar uma sabor limão me faz sentir como se estivesse lambendo uma calçada do centro da cidade. - Ah, então o que o sr. sugere? - Algo do tipo "eu acho que todos os sabores são deliciosos, mas você necessariamente pode não concordar, principalmente porque o sabor de limão é muito ácido e tem gosto de calçada". - Calçada? - É, calçada. - Acho que sr. deveria ir trabalhar em uma agência de propaganda, com essa "genialidade" toda... - Que é isso, bondade sua. Mas já que estamos no assunto, esse lance de "doce como beijo de mãe" é meio estranho. O beijo da minha mãe não tem sabor morango. - O sr. tá de brincadeira comigo? - Não, só quero ter certeza de que algum beijo de mãe é doce. Você disse que não fala se não acredita...o beijo da sua mãe, era doce? - O que?!?!?!? - E se alguma mãe tiver beijo sabor limão? Aí é ácido, não é doce. E tem gosto de calçada. - Olha, eu vou chamar a segurança, o sr. tá me perturbando. Deixa eu ficar em paz, por favor? - Só mais uma coisa... - O que, meu Deus, o que?!?!?! - Você assinou o autógrafo e escreveu "com carinho". Você sente carinho por mim mesmo? (Um texto em homenagem ao quanto eu odeio ser publicitário às vezes)
Sexta-feira, 13 de maio de 2005 Diálogos aleatórios III - Bom dia, dr. Lúcio. O sr. queria me ver?
- Queria sim, Rogério. Por favor, pode se sentar. - Obrigado. Então, o que manda? - Bom Rogério, você sabe o quanto valorizamos seu trabalho aqui dentro. Sua contribuição para essa empresa nos últimos 10 anos tem sido fundamental para nossos resultados. - Pode parar de conversa. - Como assim, Rogério. - Pode parar aí mesmo. Você vai me demitir. - Ma-ma-mas como assim? Do que você está falando? - Em 10 anos, nunca recebi um elogio do senhor. Agora q a empresa tá mal das pernas, você me elogia? Manda embora de uma vez, não fica dourando o supositório. - Está me chamando de mentiroso? - Nâo é isso que o senhor está fazendo? Não está me mandando embora? - Não mesmo!!! Eu não minto!! E por acaso eu não posso ter mudado? Já tenho 60 anos, posso ter descoberto o quanto não valorizei meus funcionários até hoje, e resolvi mudar. - Ok. Então, porque quando fui dar bom dia para a Marta do RH, ela me olhou sem graça e me evitou? - Mulheres...ela devia estar em um dia ruim, tem dias que a minha esposa não só não dá bom dia, como me ofende. - Mas o sr. faz por merecer... - O que você disse?!?!!? - Eu disse "mas e o meu crachá que não foi aceito na portaria quando voltei do almoço?". - Ah Rogério, essas máquinas de hoje em dia não prestam, sempre dão problema. Quando comecei a trabalhar, a gente tinha o relógio de ponto mecânico e nunca teve nada de errado. Mas você sabe, todo mundo tem essas engenhocas, a gente aca se influenciando para não ficar pra trás, essa coisa de precisar se livrar do que é velho. - O sr. ainda está aqui, não está? - Hein?!?! - Meu gerente! Falei que meu gerente tirou todas as pendências que estavam sob minha responsbilidade. - Provavelmente tem a ver com as suas férias, que devem estar vencendo. Então, seu gerente já fez a programação das suas férias, para que não tenhamos problema e você possa descansar. Você trabalha muito duro, precisa de um bom tempo de descanso...afinal, nosso planejamento estratégico privilegia nosso mais importante ativo, que são os nossos funcionários. - Sei, sei. Então, por que quando voltei do almoço minhas coisas estavam em uma caixa em cima da mesa? - Talvez por causa da detetização do prédio. Vamos colocar as coisas de todos em caixas, porque o remédio é muito forte, sabe... - Então, por que o senhor não pede para encaixotar as coisas de todo mundo? - Porque você não é todo mundo, Rogério. Já não disse que você é especial para nós? Sem sua contribuição, não conseguiríamos tamanha sinergia dos departamentos. - E por que recebi um cartão do meu departamento dizendo "boa sorte, sentiremos saudades"? - Muito provavelmente porque eles sabem que suas férias estão programadas. Eu falo que todos gostamos de você...seu trabalho é parte essencial de nossa visão de futuro. - E porque o senhor tem uma carta na mão dizendo "Aviso de demissão", com meu nome no cabeçalho? - Muito obrigado, Rogério!!!! Você acabou de estragar minha piada de primeiro de abril!!!! Eu ia mandar essa carta para você, e quando você ligasse para mim, eu ia gritar "PRIMEIRO DE ABRIL!!!", e a gente ia rir muito. Mas agora... - Dr. Lúcio, estamos no dia 12 de maio. - E tem dia melhor para uma pegadinha de primeiro de abril? Se eu te mando isso no dia da mentira, você já ia entender que era brincadeira. Mas como você fez o favor de estragar, vou até rasgar a carta. Pronto, viu? - Então, eu não vou ser demitido? - O que eu falei? Você é importantíssimo para nós!!! Você é a engrenagem que mantém nosso relógio em funcionamento...eu nunca te mandaria embora daqui. - Muito obrigado, Dr. Lúcio. - Imagina, meu filho, pode voltar para sua sala. - Obrigado. Até mais. (...) - Alô Miriam, preciso que você me faça um favor. Manda o Rogério embora, porque eu prometi que eu não mandaria. Aproveita e imprime outra carta de demissão, porque eu rasguei a primeira. |